Malz aê galere

sábado, 25 de abril de 2009

Sempre é alguma frase escrotinha ou um: o quê, mais você ainda não escutou aquela banda super foda da nova pasquitânia israelense? Um absurdo isso...
E eu sempre fico com aquela cara de tacho sem saber o quê responder a uma criatura dessas. Sério, o que se passa com certas pessoas para se acharem a elite intelectual do mundo? Por acaso estão salvando crianças ou procurando a cura do câncer?
Eu respondo sem nenhum medo de errar. Não. Eles estão preocupados em comprar o tênis new vintage da moda, ou ver um wood allen (não que seja ruim) por que é assim que eles se referem aos filmes, com o nome do diretor que é para mostrar o tanto de cinema que conhecem, e convenhamos, geralmente é escasso esse conhecimento.
Esse e em qualquer outra coisa que se propõem a falar. Mas o pseudo intelectual sempre vai ter assunto. Ele conhece tudo, mesmo que rasteiramente, para dar sua grande opinião de phd.
Humildade gente, é o que eu peço. Até pra essa que vos escreve e se acha melhor porcaria que eles...

Só um texto

segunda-feira, 20 de abril de 2009


foto: alone gut


E se eu te disser que coisas boas acontecem você acreditaria em mim? E se eu te mostrasse a alegria livre de culpa ou pesar de duas pessoas que podem novamente se olharem, ainda iria desconfiar do que eu falo?
Há tantas coisas entre o que ficou perdido e o que se omitiu que não ousaria apontar quem foi que trouxe o revolver. Nem falar de mentiras silenciadas com palavras duras e uma lágrima que, num descuido meu, caiu revelando a fragilidade da alma.
Não quero sentir o vento que a porta trouxe quando se fechou te levando, meu bem.
Acho que também não quero escrever sobre o que isso significou para mim. O que está dito está dito e não posso mais apagar.

José

domingo, 19 de abril de 2009

Olha, nem é por mim. Mas como eu digo pro maurício que você não vai mais voltar? Você sabe que ele não lida muito bem com situações de perda...

Egoísmo

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Muito prazer em desaperceber...

Carina

quarta-feira, 15 de abril de 2009

foto: alone gut

Sento-me calmamente na grama verde e fico a observar as crianças brincando ao redor do dia ensolarado. Tento capturar pequenos detalhes. Um abraço de grandes amigos que não se viam há tempos, o sorriso do bebê para um desconhecido, um casal que conversava pelos gestos. É, entre o calor das relações por mim desconhecidas, sinto aquela alegria encardida que certa mulher de alma doce já havia falado em meus sonhos.
O parque ainda se move naquela inquietação serena de fim de tarde. Eu continuo sentada na grama. Minhas mãos tocam no chão. As unhas estão pintadas de vermelho. Vou acender um cigarro. A fumaça gira indo de encontro ao céu infinitamente azul.
Fecho os olhos para sentir melhor a pulsação da vida se fazendo ao lado da loucura. Tento fazer parte desse fluxo aparentemente sem nexo. Mas já não há espaço para mim. Fui deixada para trás com objetos e palavras usadas.
Alguma coisa foi perdida e surpreendentemente achada na escuridão que meus olhos me proporcionam no fim da tarde de um dia frio.
Uma mulher e sua dor sentadas num parque onde a vida desabrochava lentamente...
Já está quase tudo escuro e vazio. Vou procurar abrigo entre uma xícara de café e uma velha música. Talvez, quem sabe, a salvação caia sobre o corpo em forma de cansaço para se fazer esquecer a dor de estar assustadoramente viva.


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