Vermelho e azul

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Aparentava ser mais um tarde ordinária. Mesmo vento, mesmos rostos, mesma sensação de que havia tomado o caminho errado em alguma curva. Mariana desceu a rua que dava naquele café, tão habitualmente repleto do vazio que consome aos tragos a alma feminina. Cheio de conversas frias e gestos gélidos, de pessoas sedentas por algum pulso de vida. São vampiros.
Mas ela parece não se importar. Parece ser daquelas mulheres que derramam sua felicidade em cima da gente. Só que hoje não. Hoje não.
Senta, pede. Demora. Expresso pra viagem. Sai a esmo. Não quer pensar em nada. Não vê nem ouve nada. Mais a frente um banco. Senta novamente. Observa o movimento da cidade. Um murmúrio abafado. Tapa os ouvidos e sua respiração parece que se funde com o centro do universo.
O café acaba e, aquela Mariana, deixa uma menininha sentada ali, sozinha num banco da tarde. Só se sabe depois da mulher que se levantara, sem deixar mais rastro algum de seus raios de sol.

Título

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O começo é sempre difícil, mas eu me obrigo a continuar. A dor de parir um texto é inigualável. Até porque, como muitos pensam, o texto não se forma tão linear. Tão seco. É preciso certo grau de humidade e caos dentro de si. Há sempre um hiato, pausa ou como você queira chamar entre as linhas e entrelinhas. Cada palara que brota, cada fluxo de pensamento que jorra é sua identidade mixada com o coletivo.
E assim vai. Cresce, reproduz, realinha para conflitar. Eis o texto.

Autismo

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Desisto das pessoas.

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