Meados de maio.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O que se sente quando olhamos o sol num domingo e simplesmente não conseguimos iluminar-mos? Fernando perguntava-se enquanto o relógio dava suas voltas costumeiras, passando minutos e segundos, talvez até horas no mesmo lugar e mudando o rumo de cada escolha. Não, não é culpa do relógio ele sabia. E Maria a espreguiçar-se lentamente, erguendo-se para nova possibilidades. Somos deuses Fernando, Pensava ela. Estamos acima do bem e do mal. Perdoados pelo domingo, foram purificar-se. Acima do bem e do mal. Curioso pensar é que todos temos essa sensação mas por acordos há muito estabelecidos, sempre mostramos sentir culpa e remorso. Maria iluminara-se e não culpava Fernando de não perceber a preciosidade da luz. Só que Maria não podia contemplar sua luminosidade. Os contratos, ela pensava. "É melhor assim, humana que sou, não mostrarei meu orgulho". Talvez fosse por medo de descobrirem seu segredo que Maria assinou também o contrato. Talvez por comodidade... Mas Fernando, ah Fernando. Quantos já não insistiram pra você também assinar? Quem sai lucrando com isso, honestamente somos todos nós. O jogo empatado assim. E a continuidade daquilo que você chama de uma vida normal. Isso é tudo por hoje. Isso é tudo até quando?

3 comentários:

Yan Santos disse...

Até onde o além do bem e do mal vai?

Mafê Probst disse...

Vidas normais são chatas.

Mafê Probst disse...

certos perigos são gostosos de correr ;)

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