domingo, 30 de agosto de 2009

Hoje não tem texto meu, tem lenine falando de minhas coisas:

Crença

Eu só penso em você
Depois que eu penso em mim
E eu penso tanto em nós dois
Sei que é de cada um
E acho até comum
Pensar assim de nós dois

Vai que a gente pensa igual
E acho isso normal
O igual da diferença
Cada um, todo ser
Tem sua crença

Eu só penso em você
Depois eu penso em mim
E eu me confundo em nós dois
Sei quando viramos um
E aparece um
Que se mistura em nos dois

Vem não há o que pensar
Melhor achar normal
Viver a diferença
Pensa não, deixa assim,
Que a vida pensa

Tanto por viver, tento não jogar
Pra baixo do tapete essa poeira.
Tonto de você tento não pensar besteira.

Tanto por você, para o nosso bem
Às vezes fica um com e o outro sem
Seja como for somos nós e mais ninguém

O que eu quero de você
E você quer de mim
Nós decidimos depois
Eu só penso em você
E tenho aqui pra mim
Que você pensa em nós dois

Vermelho e azul

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Aparentava ser mais um tarde ordinária. Mesmo vento, mesmos rostos, mesma sensação de que havia tomado o caminho errado em alguma curva. Mariana desceu a rua que dava naquele café, tão habitualmente repleto do vazio que consome aos tragos a alma feminina. Cheio de conversas frias e gestos gélidos, de pessoas sedentas por algum pulso de vida. São vampiros.
Mas ela parece não se importar. Parece ser daquelas mulheres que derramam sua felicidade em cima da gente. Só que hoje não. Hoje não.
Senta, pede. Demora. Expresso pra viagem. Sai a esmo. Não quer pensar em nada. Não vê nem ouve nada. Mais a frente um banco. Senta novamente. Observa o movimento da cidade. Um murmúrio abafado. Tapa os ouvidos e sua respiração parece que se funde com o centro do universo.
O café acaba e, aquela Mariana, deixa uma menininha sentada ali, sozinha num banco da tarde. Só se sabe depois da mulher que se levantara, sem deixar mais rastro algum de seus raios de sol.

Título

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O começo é sempre difícil, mas eu me obrigo a continuar. A dor de parir um texto é inigualável. Até porque, como muitos pensam, o texto não se forma tão linear. Tão seco. É preciso certo grau de humidade e caos dentro de si. Há sempre um hiato, pausa ou como você queira chamar entre as linhas e entrelinhas. Cada palara que brota, cada fluxo de pensamento que jorra é sua identidade mixada com o coletivo.
E assim vai. Cresce, reproduz, realinha para conflitar. Eis o texto.

Autismo

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Desisto das pessoas.

I want say something

segunda-feira, 29 de junho de 2009


Eu não sou a mais bonita.
Nem a mais alegre.
Nem quem tem vários amigos.
Nem quero parecer perfeita.
Nem quero aplausos o tempo todo.
Nem um milhão de pessoas me admirando.
Não quero ter vários de relacionamentos fracassados para poder cuspir na cara de qualquer um que o amor não presta.
Não sou a mais inteligente.
Nem a mais divertida.
Só eu e meus defeitos.
Meu pé torto.
Minha timidez.
E meu coração que, por mais que eu não queira, insiste bater por você.
Saudades.
Te amo.

Neve

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Se vê, alguém.
Se vê? Alguém?
Se, ver alguém?
Ser e ver.
Ser alguém e ver.

Solução

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Problema chega. Fecha-se os olhos. Respira. Pisca. E cai na gargalhada. O que seria de nós se nos levássemos tanto a sério?

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